« …obra do dramaturgo Fernando Arrabal
a peça CARTA DE AMOR (Como um suplício chinês),
do Teatro Kursaal
Texto apresenta dados autobiográficos do autor por meio de cartas trocadas entre mãe e filho.
Direção de Reginaldo Nascimento
atores Amália Pereira e Alessandro Hernandez.
Em CARTA DE AMOR (Como um suplício chinês), uma mãe recebe uma carta de seu filho, do qual há muito não tem notícias, no dia de seu aniversário. Estabelece-se um monólogo interior da mãe a partir de recordações do tempo em que sua relação com o filho era idílica. Os conflitos bélicos da Guerra Civil Espanhola e suas consequências fizeram desse amor um verdadeiro “suplício chinês”.
“Arrabal transcende a mera anedota e coloca em questão a crueldade e a penúria da Guerra Civil Espanhola. A Carta de Amor parece mais um testamento de amor porque atesta e publica a geografia de uma relação íntima. Neste sentido, a surpresa está no fato de Arrabal (autor e filho) conceder à sua mãe a palavra que é dela e permitir que soem as suas razões”, afirma Wilson Coêlho, tradutor do texto e estudioso da obra de Arrabal.
Fernando Arrabal: Escritor, dramaturgo e cineasta, nascido no Marrocos espanhol em 1932, atualmente mora em Paris. Controvertido, cultiva uma estética irreverente tanto na sua obra como nas suas aparições públicas. Recebeu o reconhecimento internacional pela sua obra narrativa (onze novelas), poética (numerosos livros ilustrados por Amat, Dalí, Magritte, Miotte, Saura, entre outros), dramática (numerosas obras de teatro publicadas em dezenove volumes) e cinematográfica (seis longas-metragens). Autor de mais de 70 peças teatrais entre elas: Fando e Lis, Guernica, A Bicicleta do condenado, O triciclo, O cemitério de automóveis, O Arquiteto e o Imperador da Assíria, A Oração, Uma Tartaruga chamada Dostoiëwsky, O Jardim das Delícisa, O labirinto, entre outras. Arrabal não é só o autor espanhol mais encenado no mundo, quanto também um dos poucos autores do chamado Teatro do Absurdo que ainda vivem e produzem. Na década de sessenta, depois de permanecer três anos no grupo surrealista, Arrabal, juntamente com Roland Topor e Jodorowsky, cria o Movimento Pânico, cujo manifesto expressava a intenção de conciliar o absurdo com o cruel, identificar a arte com o vivido e adotar a cerimônia como forma de expressão. Seu Teatro Pânico, que ele mesmo qualifica como presidido pela confusão, o humor, o terror, o azar e a euforia, está baseado na busca formal, tanto espacial como gestual, e na incorporação de elementos surrealistas na linguagem.
Reginaldo Nascimento: Ator e Diretor Teatral em constante atividade desde 1990. Fundou o Teatro Kaus Cia Experimental em 1998. Participou de diversos cursos de formação e aprimoramento com diversos e importantes profissionais. Desde 1993 se dedica especificamente a Direção Teatral e a pesquisa do teatro de grupo, tendo assinado a direção de mais de 20 espetáculos entre eles: Hysterica Passio e O Casal Palavrakis, ambos de Angélica Liddell, O Grande Cerimonial, de Fernando Arrabal, Infiéis, de Marco Antonio de la Parra, A Revolta, de Santiago Serrano, El Chingo, de Edílio Peña, Pigmaleoa, de Millôr Fernandes, Cala a Boca Já Morreu, de Luís Alberto de Abreu, A Boa, de Aimar Labaki, Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, Homens de Papel e Oração para um pé de chinelo, ambas de Plínio Marcos, entre outros. Vêm realizando desde 1994, várias oficinas e cursos em prefeituras, secretarias de cultura e instituições privadas pelo interior do Estado, na capital e outros estados.
Horário: 19:30
Endereço: Avenida Paulista, 2439 – Bela Vista
Carta de Amor 80 minutos, 14 anos.
Sinopse: Uma mãe recebe uma carta de seu filho, do qual há muito não tem notícias, no dia de seu aniversário. Estabelece-se um monólogo interior da mãe a partir de recordações do tempo em que sua relação com o filho era idílica. Os conflitos bélicos da Guerra Civil Espanhola e suas consequências fizeram desse amor um verdadeiro “suplício chinês”. Qual mãe gostaria de ficar sem notícias do seu filho durante anos? Em ‘Carta de Amor’ (Como um suplício chinês), uma mãe recebe uma carta emocionante do seu filho cheia de relatos, recordações e novidades, lembrando um tempo em que a relação dos dois era pura e cercada de amor. A obra inédita do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal do Teatro Kaus de São Paulo. O texto apresenta dados autobiográficos do autor por meio de cartas trocadas entre mãe e filho. Wilson Coelho, tradutor do texto, acredita que o texto é mais do que uma mera carta. A ‘Carta de Amor’ parece mais um testamento de amor porque atesta e publica a geografia de uma relação íntima. Neste sentido, a surpresa está no fato de Arrabal (autor e filho) conceder a sua mãe a palavra que é dela e permitir que soem as suas razões.