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autre arrabalesque: …aussi vrai que paradoxal; aussi humain que confus.

… tan verdadero como paradójico; tan humano como confuso.

ORAÇÃO

 

 

de FERNANDO ARRABAL

Encenação/Coreografia: Bruno Schiappa

PORTUGAL

Atores: Bruno Schiappa e Tina Barbosa

Produção: Tina Barbosa

Tradução e Dramaturgia: Bruno Schiappa[1]

Música Original: Bruno Schiappa

PERSONAGENS: Fídio e Lilbe, mulher e homem

 

Escuridão.

Acordes de violino.

Fídio e Lilbe executam um ritual. Entoam um cântico ucraniano de procissão enquanto Lilbe espalha terra num círculo e Fídio acende velas.: Tzwitè Teren, Tzwitè Teren. Taï Tzwit Opadáye. Khto Z Lubowiu Nè Znaïet’sia Toï Horia Nè Znaye

Conforme as velas vão sendo acesas vamos vislumbrando um caixão negro de criança e um Cristo de ferro.

Ouve-se o choro de um recém nascido.Pelas sombras vemos Fídio e Lilbe a elevarem uma faca e a abaterem-na sobre o caixão. Ouve-se um grito terrível do bébé, seguido imediatamente de silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

 

Voz OFF – ESCURIDÃO. (O violino continua). Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.

(Pausa.)

Fídio – A partir de hoje seremos bons e puros.

Libe – O que se passa?

Fídio – Digo que de hoje em diante seremos bons e puros como os anjos.

Libe – Nós?

Fídio – Sim.

Libe – Não vamos conseguir.

Fídio – Tens razão. (Pausa.) Vai ser muito difícil. (Pausa.) Mas vamos tentar.

Lilbe – Como?

Fídio – Cumprindo a lei de Deus.

Lilbe – Já a esqueci.

Fídio – Eu também.

Lilbe – Então como faremos?

Fídio – Para saber o que bom e o que é mau?

Lilbe – Sim.

Silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

Voz OFF – VEÍCULO. (O violino continua). Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. (Pausa.)

Fídio – Comprei uma bíblia.

Lilbe – Isso chega?

Fídio – Sim, para nós chega.

Lilbe – Vamos ser santos?

Fídio – Isso é demasiado. (Pausa.) Mas podemos tentar.

Lilbe – Vai ser tudo muito diferente.

Fídio – Sim. Muito.

Lilbe – Assim não nos vamos aborrecer como agora.

Fídio – Para além disso, será muito agradável.

Lilbe – Tens a certeza?

Fídio – Sim, sem dúvida.

Lilbe – Lê-me um pouco do livro.

Fídio – Da bíblia?

Lilbe – Sim.

Silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

Voz OFF – GÉNESIS. (O violino continua). Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram feitas. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria e Se fez Homem. (Pausa.)

Fídio – (Lendo.) “No princípio Deus criou o céu e a terra.” (Entusiasmado.) Que bonito!

Lilbe – Sim, é muito bonito.

Fídio – (Lendo.) “Deus disse “Que haja luz”. E houve luz. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz Dia, e às trevas, Noite. A noite chegou depois da manhã: este foi o primeiro dia.

Lilbe – Foi assim que tudo começou?

Fídio – Sim. Vês que simples e que bonito.

Lilbe – Sim. Tinham-me explicado de uma forma muito mais complicada.

Fídio – Aquilo do cosmos?

Lilbe – (Sorri.) Sim.

Fídio – (Sorri.) A mim também.

Lilbe – (Sorri.) E também aquilo da evolução.

Fídio – Que coisas!

Lilbe – Lê-me mais um pouco.

Fídio – (Lendo.) “Deus fez o homem do barro. De seguida espetou-lhe no nariz um espírito da vida e o homem converteu-se num ser vivo.” (Pausa.) “Então o Senhor fez com que o homem dormisse profundamente. Quando estava a dormir tirou-lhe uma costela, o buraco que ficou tapou-o com carne. Com a costela  que tinha tirado ao homem, Deus criou a mulher.”

Fídio e Lilbe dão as mãos.

Silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

Voz OFF – PROIBIÇÃO. (O violino continua). Tambem por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. (Pausa.)

Lilbe – (Inquieta.) E podemos dormir juntos como antes?

Fídio – Não.

Lilbe – Então terei que dormir sozinha?

Fídio – Sim.

Lilbe – Vou ter muito frio.

Fídio – Habituas-te.

Lilbe – E tu? Não vais ter frio?

Fídio – Sim, também.

Lilbe – Assim não discutimos quando ficares com o lençol todo.

Fídio – Claro.

Lilbe – A bondade. É uma coisa tão difícil.

Fídio – Sim. Muito difícil.

Lilbe – Poderei mentir?

Fídio – Não.

Lilbe – Nem sequer mentiras pequenas?

Fídio – Nem sequer.

Lilbe – E roubar laranjas à mulher da mercearia?

Fídio – Também não.

Lilbe – Não nos podemos ir divertir, como antes, no cemitério?

Fídio – Sim. Porque não haviamos de poder?

Lilbe – E podemos dar murros nos olhos dos mortos, como antes?

Fídio – Isso não.

Lilbe – E matar?

Fídio – Não.

Lilbe – Então vamos deixar que as pessoas fiquem vivas?

Fídio – Claro.

Lilbe – Pior para elas.

Silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

Voz OFF – BONDADE. (O violino continua). Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus,onde está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir em Sua  glória, para julgar os vivos e os mortos; E o Seu Reino não terá fim.  (Pausa.)

Fídio – Não percebes o que é um ser bom?

Lilbe – Não. (Pausa.) E tu?

Fídio – Não muito bem. (Pausa.) Mas tenho o livro. Assim fico a saber.

Lilbe – Sempre com o livro.

Fídio – Sempre.

Lilbe – E o que nos vai acontecer depois?

Fídio – Vamos para o céu.

Lilbe – Os dois?

Fídio – Sim. Portamo-nos bem os dois.

Lilbe – E o que faremos no céu?

Fídio – Divertimo-nos.

Libe – Sempre?

Fídio – Sim. Sempre.

Lilbe – (Incrédula.) Não é possível.

Fídio – Sim. É possível.

Lilbe – Porquê?

Fídio – Porque Deus é todo poderoso. Deus faz coisas impossíveis. Milagres.

Lilbe – Seja.

Fídio – E além disso fá-lo da forma mais simples.

Lilbe – Eu no lugar dele faria o mesmo.

Fídio – Vê o que diz a bíblia: “A Jesus, Filho de Deus, foi levado um cego para que ele o curasse. Jesus pôs-lhe saliva sobre os olhos e perguntou: “Vês alguma coisa?” O cego, olhando, disse: “Vejo os homens, também vejo árvores como se andassem”. Imediatamente Jesus pôs-lhe de novo as mãos sobre os olhos, o cego viu claramente e foi curado e distinguia perfeitamente ao longe”.

Lilbe – Que bonito.

Fídio – Ele disse que devíamos ser bons.

Lilbe – Então seremos bons.

Fídio – E que devíamos ser como as crianças.

Lilbe – Como as crianças?

Fídio – Sim. Puros como as crianças.

Lilbe – Que difícil.

Fídio – Vamos tentar.

Lilbe – Porque te deu esta mania agora?

Fídio – Estou farto.

Lilbe – Só por isso?

Fídio – Para além disso o que fazíamos até agora era muito feio.

Lilbe – E isso do céu o que será?

Fídio – É o sítio para onde iremos depois de mortos.

Lilbe – Tão tarde?

Fídio – Não se pode ir antes?

Fídio – Não.

Lilbe – Pois que seja.

Fídio – Isso é o pior de tudo.

Lilbe – E que faremos no céu?

Fídio – Já te disse: divertimo-nos.

Lilbe – Queria ouvir-te a dizer isso outra vez. (Pausa.) Parece impossível.

Fídio – Seremos como os anjos.

Lilbe – Como os bons ou como os outros?

Fídio – Os outros não estão no céu. Os outros são os demónios e estão no inferno.

Lilbe – E o que fazem lá?

Fídio – Sofrem muito, queimam-se.

Lilbe – Olha que baldroca.

Fídio – É que esses anjos foram muito maus e rebelaram-se contra Deus.

Lilbe – Porquê?

Fídio – Por orgulho. Queriam ser mais do que Deus.

Lilbe – Que exagerados.

Fídio – Sim, muito.

Lilbe – Nós conformamo-nos com muito menos. Olha, quero começar a ser boa agora mesmo.

Fídio – Vamos começar agora mesmo.

Lilbe – Só assim? Sem mais nada?

Fídio – Sim.

Lilde – Ninguém vai reparar.

Fídio – Deus vai reparar.

Silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

Voz OFF – BIG BROTHER. (O violino continua). Creio no Espírito Santo, Senhor e Fonte de Vida que procede do Pai e od Filho. Ele falou pelos Profetas. (Pausa.)

Lilbe – Tens a certeza?

Fídio – Sim, Deus vê tudo.

Lilbe – Inclusivé quando urino?

Fídio – Sim, inclusivé.

Lilbe – A partir de agora vou ter muita vergonha.

Fídio – Deus anota com letras de ouro num livro muito bonito as coisas boas que fazes e num livro muito mau e com letra muito feia os pecados.

Lilbe – Serei boa. Quero que escreva sempre com letras de ouro.

Fídio – Não deves ser boa só por isso.

Lilbe – Então porque mais?

Fídio – Por causa da felicidade.

Lilbe – O quê da felicidade?

Fídio – Para ser feliz.

Lilbe – também poderei ser feliz com isso de ser boa?

Fídio – Sim, também.

Lilbe – Mas isso da felicidade existe?

Fídio – Sim. (Pausa.) Dizem que sim.

Lilbe – (Triste.) E o que acontece a tudo aquilo que fizemos antes?

Fídio – O que fizemos de mal?

Lilbe – Sim.

Fídio – Temos que nos confessar.

Lilbe – Tudo?

Fídio – Sim, tudo.

Lilbe – Também que tu me despes para que os teus amigos se deitem comigo?

Fídio – Sim, isso também.

Lilbe – (Triste.) E também… que o matámos? (Aponta para o caixão.)

Fídio – Sim, também. (Pausa triste.) Não o devíamos ter matado. (Pausa.) Somos maus. (Pausa.) Temos que ser bons.

Lilbe – (Triste.) Matámo-lo pela mesma razão.

Fídio – Pela mesma razão?

Lilbe – Sim, matámo-lo para nos divertirmos.

Fídio – Sim.

Lilbe – E a diversão só durou um momento.

Fídio – Sim.

Lilbe – Com esta coisa de sermos bons não se passará o mesmo?

Fídio – Não, isto é mais completo.

Lilbe – Mais completo?

Fídio – E mais bonito.

Lilbe – E mais bonito?

Fídio – Sim, sabes como nasceu o Filho de Deus? Pausa.) Ocorreu há muito anos. Nasceu num portal muito pobre de Belém e como não tinha dinehiro para o aquecimento, uma vaquinha e um burrito aqueciam-no com a respiração com que o envolviam. Além disso, como a vaquinha estava muito contente por servir a Deus, fazia “mu, mu” e o burrito relinchava. E a mamã do menino, que era a Mãe de Deus, chorava e o seu marido consolava-a.

Lilbe – Disso gosto muito.

Fídio – Eu também..

Lilbe – E o que aconteceu ao menino?

Fídio – Ele não disse nada apesar de ser Deus. Por isso, como os homens eram maus, quase não lhe deram de comer.

Lilbe – Que gente.

Silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

Voz OFF – CAPITALISMO. (O violino continua). Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Reconheço um só Báptismo para a remissão dos pecados. (Pausa.)

Fídio – Mas um dia, num reino muito longínquo, uns reis que eram muito bons viram uma estrelinha caída do céu que se movia. Eles seguiram-na.

Lilbe – Quem eram esses reis?

Fídio – Eram Belchior, Gaspar e Baltazar.

Lilbe – Os dos brinquedos e dos sapatos?

Fídio – Sim. (Pausa.) E foram seguindo a estrela, e seguindo, até que um dia chegaram ao portal de Belém. Então ofereceram ao menino tudo o que levavam nos camelos: muitos brinquedos e caramelos e também chocolates. (Pausa. Sorriem entusiasmados.) Ah! Já me esquecia. Também lhe ofereceram ouro, incenso e mirra.

Lilbe – Que coisas!

Fídio – Assim o menino ficou muito contente e os seus papás também, e também a vaquinha e o burrito.

Lilbe – E que aconteceu depois?

Fídio – Depois o menino ajudou o seu pai, que era carpinteiro, a fazer cadeiras e mesas. Como era muito bom a sua mamã dava-lhe muitos beijos.

Lilbe – Que menino tão diferente!

Fídio – Era Deus.

Lilbe – Se assim é…

Fídio – O bom da história é que não tinha feito nenhum milagre até então, para comer  melhor ou para ter roupas caras.

Lilbe – E o que aconteceu?

Fídio – Rapidamente se fez homem e mataram-no: crucificaram-no com pregos nos pés e nas mãos. Tens noção?

Lilbe – (Contente.) Que maldade lhe fizeram.

Fídio – Sim, muito grande.

Lilbe – Choraria muito.

Fídio – Não, nada. Continha-se. Além disso, para maior escárnio puseram-no no meio dos ladrões.

Lilbe – Dos maus ou dos simpáticos?

Fídio – Dos maus, dos piores que havia, os dois piores que havia na altura.

Lilbe – Isso é que está mal.

Fídio – Ah! E ainda para mais um dos ladrões era um vigarista. Um gajo trapaceiro.

Lilbe – Trapaceiro?

Fídio – Sim, tinha convencido as pessoas que era mau e assim passou a ser bom.

Lilbe – E o que aconteceu?

Fídio – Ora bem, Deus morreu na cruz.

Lilbe – Sim?

Fídio – Sim. Mas ao terceiro dia ressuscitou.

Lilbe – (Contente.) Ah!

Fídio – E com isso todos ficaram convencidos de que o que dizia era verdade.

Silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

Voz OFF – TEATRO. (O violino continua). E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir. Amen! (Pausa.)

Lilbe – (Entusiamada.) Quero ser boa.

Fídio – Eu também.

Lilbe – Ja a seguir?

Fídio – Já a seguir.

Lilbe – Quero ser como o Menino que nasceu no portal…

Fídio – Eu também. (Fídio dá as mãos a Lilbe.)

Lilbe – (Inquieta.) E como passaremos o tempo?

Fídio – A fazer coisas boas.

Lilbe – O tempo todo?

Fídio – Bem, quase o tempo todo.

Lilbe – E no resto do tempo?

Fídio – Podemos ir à loja de feras.

Lilbe – Para ver aquilo do macaco?

Fídio – Não. (Pausa.) Para ver as galinhas e as pombas.

Lilbe – E que mais podemos fazer?

Fídio – Tocaremos ocarina.

Lilbe – Ocarina?

Fídio – Sim.

Lilbe – Bem. (Pausa.) Não é mau?

Fídio – (Considera.) Não. Não creio.

Lilbe – E como faremos para sermos totalmente bons?

Fídio – Verás. Se virmos que alguém fica incomodado com algo que fizemos, pois bem, não a faremos. Se virmos que alguém gostava que fizessemos algo, pois bem, fá-lo-emos. Se virmos que um pobre velho e paralítico não tem ninguém, pois então iremos visitá-lo.

Lilbe – Não o matamos?

Fídio – Não!

Lilbe – Pobre velho!

Fídio – Mas não vês que matar já não se pode?

Lilbe – Ah! Continua.

Fídio – Se virmos que uma mulher carrega um grande peso, pois pegamos e ajudamo-la.

(Voz de juiz.) Se virmos que se fez uma injustiça, pois pegamos e desfazemo-la.

Lilbe – Também as injustiças?

Fídio – Sim, também.

Lilbe – (Satisfeita.) Bem, que importantes que vamos ser.

Fídio – Sim, muito.

Lilbe – (Inquieta.) E como vamos saber que é uma injustiça?

Fídio – Calculamos a olho.

Silêncio. Os acordes de violino regressam calmamente.

Voz OFF – TÉDIO. (O violino continua).

Lilbe – Vai ser aborrecido.

Silêncio.

Fídio – Vai ser como tudo.

Silêncio.

Lilbe – Vamos acabar por nos aborrecer também.

Silêncio.

Fídio – Vamos tentar.

Ao longe ouve-se Black and Blue, de Louis Armstrong. Lilbe e Fídio dizem o CREDO enquanto dançam ao som da música.

Creio no Espírito Santo, Senhor e Fonte da Vida que procede do Pai e do Filho.

Foi Ele que falou pelos Profetas.

Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.

Reconheço um só Báptismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir. Amen!

Fídio e Lilbe executam um ritual. Entoam um cântico ucraniano de procissão enquanto Lilbe espalha terra num círculo e Fídio acende velas.: Tzwitè Teren, Tzwitè Teren. Taï Tzwit Opadáye. Khto Z Lubowiu Nè Znaïet’sia Toï Horia Nè Znaye

Ouve-se o choro de um recém nascido. Pelas sombras vemos Fídio e Lilbe a elevarem uma faca e a abaterem-na sobre o caixão. Ouve-se um grito terrível do bébé, seguido imediatamente de silêncio.

 

FIM

 

 

 

 

 

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico – convertido pelo Lince.


[1] A partir da edição do teatro completo, em Melilla, por Francisco Torres MONREAL